Você vai ler nesta edição:
  • Personalidade:
  • Nossa homenagem ao precursor do miniaturismo no Brasil: Rubens Kaplan
  • Entrevista:
  • Nossos ídolos eternos em entrevista exclusiva à Sol: Pépp e Orson

Críticas e Sugestões:
  • Como nossa intenção é fazer um Boletim Informativo que leve a todos as últimas novidades em relação ao Mundo das Miniaturas, além de notícias que possam nos auxiliar em nosso trabalho/hobby, abrimos este espaço para que possam mandar suas críticas e sugestões sobre cada número deste projeto.
  • Receberemos com muito carinho, e daremos toda a atenção tanto às críticas como as sugestões que nos enviarem, para isso, basta entrar em contato através do e-mail: mundominisugestoesecriticas@yahoo.com.br
  • Fiquem à vontade, nos escrevam.

Já está no forno a próxima edição:
  • Exposição De Ribeirão Preto.
  • Encontro com a Pat – tudo que rolou.
  • As Atividades Virtuais do MiniBrasil: swap, bingo, desafios.
  • Novas sessões do Jornal

Destaque no Grupo:


A Bancarella da MiniCris

A Mesinha com Toalha da Sonia

Estas foram as primeiras peças executadas e mostradas ao grupo, depois de terminadas as aulas Passo-a-Passo de Janeiro (Bancarella da Pat) e Fevereiro (Mesinha com Toalha da Ana Cláudia).
 

Mini Escambo:


O objetivo deste espaço é proporcionar aos amantes das miniaturas um pequeno espaço para troca de suas peças. Por muitas vezes, nos pegamos tentando adquirir algo que não conseguimos ainda fazer... então, por que não trocarmos por uma peça nossa?

Venha participar conosco de mais uma alternativa para divulgação de nosso trabalho. Os interessados em colocar seus anúncios aqui, deverão enviar um e-mail para:
mundominiescambo@yahoo.com.br

Com seu nome, endereço de e-mail (pvt), o que procura e pelo que quer trocar. Estaremos aguardando.

Observação Importante:
Toda e qualquer troca que acontecer por meio do MINI ESCAMBO é de total responsabilidade dos anunciantes. Não nos reponsabilizamos por envios, problemas de entrega ou qualquer tipo de desacordo entre as partes.
 


Eventos:

Pelo Brasil:

O Brasil há muito vem investindo em eventos, para que os artistas e artesãos possam ter acesso ao que há de mais novo no mercado de materiais para o trabalho que desenvolvem, além de cursos e workshops. Neste número destacamos dois eventos que acontecerão em Rio de Janeiro e São Paulo:

  • Evento: Hobbyart 2006
    Site:
    http://www.hobbyart2006.com.br/
    Local: Expo Center Norte (pavilhão azul)
    Endereço:
    Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme – S. Paulo – SP
    Data: 25 a 29/04/2006 das 10 às 19 horas (de terça a sexta-feira) e das 10 às 18 horas (sábado)
  • Evento: Hobbyart 2006
    Local: RioCentro
    Endereço: Av. Salvador Allende, 6555 - Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ
    Data: 06 a 09 de junho de 2006 das 10 às 18 horas (de terça à sexta-feira)
  • Evento: Artesanal 2006
    Local: Centro de Exposições Imigrantes – São Paulo – SP
    Data: 05 a 08/07/2006
    Site:
    http://www.feiraartesanal.com.br/

No Mundo:

No exterior, os eventos são inúmeros, mas destacamos alguns especificamente na área de miniaturas:


Links

Equipe de Redação
  • Kelly M.de Espindola - Florianópolis - SC
  • Solange P. De Cesare - São Paulo - SP
  • Mila Cerqueira - João Pessoa - PB

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EDITORIAL

Queridos amigos do mini mundo,

Depois de muitos e-mails em pvt e conversas pela madrugada, é com muita alegria que trazemos a vocês nosso primeiro Boletim Informativo Virtual. Ele nasceu da vontade de levarmos ao nosso grupo mais informações sobre o universo que cerca o nosso tão adorado mundo das miniaturas.

Para isso, criamos diversas sessões onde tentaremos abranger história, materiais alternativos, materiais recém lançados, destaques para os nossos trabalhos e para nossos ídolos, além de um cantinho especial para troca de peças.

Esperamos que com mais este meio de integração, consigamos difundir ainda mais o miniaturismo pelo Brasil. Aproveitem, o Jornaleco é pra vocês.

Mila, Kelly e Sol.


PERSONALIDADE

Rubens Kaplan

Falar de Kaplan é falar de paixão, de dedicação, e amor pelo universo das miniaturas. Em busca de informações sobre ele, acabamos por descobrir que pouca coisa restou da história desse homem tão dedicado e apaixonado pela arte. Conseguimos com Jussara Teixeira Marcelino, nossa amiga do Mini Brasil, uma entrevista que ele concedeu à Clarabeth (Dolhouse), por telefone.

“Comecei por fazer uma loja de artesanato em casa, em Sorocaba; mexendo com argila fiz um café da manhã inspirado na cerâmica de Caruaru. Coloquei pão na cesta, fiz pão, queijo, daí nasceu meu interesse por miniatura. Este trabalho ficou parado um tempo, então conheci uma loja (1978) BEC na Oscar Freire – da Carmem e Bárbara, encontrando aí um mercado para minhas peças. Elas compravam tudo que eu produzia. Fiz uma exposição na Naftalina, outra na Hebraica e mais outra no Paço das Artes em Ribeirão Preto. O Paço fez um vídeo ao qual nunca vi. Nesta exposição foram mais de 240.000 pessoas.

A Beatriz do Puro Recanto (Rio) antes de abrir a loja entrou em contato comigo e passei a fornecer para ela. Depois de uma exposição na CIP (S.Paulo) a Tête entrou em contato comigo através da Dollhouse (Clarabeth e Eliane) e comecei a vender para a Maria Alice (colecionadora no Rio). Vieram as exposições do Rio e algumas feiras por lá. Montei o atelier em S.Paulo até nove anos atrás quando voltei para Sorocaba em outra atividade até três anos atrás quando fiquei doente.

Miniatura foi meu meio predileto de expressão artística e espero ter dado uma contribuição. Foi-me um prazer imenso trabalhar e pesquisar materiais, novos recursos e soluções.”

Nascido em Sorocaba em 1950, Rubens formou-se pela Faculdade de Artes Armando Álvares Penteado em 1977. Partiu deste mundo em 12 de setembro de 2005, nos deixando uma missão muito especial: "Continuar suas pesquisas sobre materiais, recursos e soluções, para que o Miniaturismo no Brasil continue a expressar Arte, sempre com prazer e paixão."

Alguns trabalhos de Rubens Kaplan

 


ENTREVISTA

Pepp e Orson, referências nacionais no mundo da miniatura.

(por Solange Sol)

Entre colecionadores e miniaturistas, Pepp e Orson conseguem uma façanha rara: são uma unanimidade... porque todo mundo ADORA o trabalho deles. Não existe miniaturista ou colecionador brasileiro que não tenha como objeto de desejo uma peça feita por eles.

Além de excelentes artesãos, eles são pessoas iluminadas, com algumas qualidades que mesmo quem os conhece pouco já sabem: estão sempre de bom humor, são artistas de alto calibre, mas que mantém uma humildade e uma simplicidade impar. As portas de seu atelier estão sempre abertas para quem quer conhecer suas peças ou promover encontros e reuniões e sabem receber de um jeito que só o mineiro sabe, sempre com um monte de quitutes deliciosos a espera do incauto visitante... Pepp é de Juiz de Fora e Orson é de Divinópolis, em MG.

Pensamos em fazer uma entrevista que mostre as curiosidades da carreira desta dupla, fatos marcantes, as recordações engraçadas, os momentos inesquecíveis...

– Como foi que vocês iniciaram no mundo das miniaturas?

“Na época a gente trabalhava com antiguidades e uma vez comprando um espólio vieram duas miniaturas: uma mesa e uma cadeira. Levamos para uma feira de antiguidades e foi um enorme sucesso. Ninguém sabia o que era miniatura e ficamos encantados com o agito que elas provocaram em frente à nossa banca... Aí pensamos em reproduzir as peças do antiquário em miniatura.

No início, o Orson ficou meio apreensivo e não pôs muita fé. Mas um belo dia, o Orson tentou fazer uma réplica de uma cadeirinha mineira (foto) que fazia parte do nosso antiquário e acabou produzindo uma peça perfeita e que até hoje está conosco, como recordação daquele começo...

Tudo o que a gente produzia era levado até as feiras de antiguidades da Rua Benedito Calixto e do Bexiga e era vendido na hora. Aos poucos fomos formando uma clientela de pessoas que já tinham um certo conhecimento do que eram as miniaturas por viagens ao exterior ou por serem de origem européias.”

- Que fatos foram marcantes naquela época e que repercutiram até hoje?

”Numa dessas feiras nós conhecemos a proprietária da casa onde hoje moramos e construímos o Atelier. Ela era nossa cliente e adorava as nossas miniaturas e foi uma pessoa que definitivamente incentivou a gente a montar um atelier de miniaturas. No início alugamos a casa e começamos a fazer uma manutenção... daí a comprar a casa e reformar ela inteira como é hoje foi um pulinho...

Aos poucos, a miniatura começou a chamar mais atenção do que as antiguidades... Lotava de gente para ficar vendo as minis nas bancas da Feira do Bexiga e da Benedito Calixto. Uma de nossas primeiras clientes foi uma senhora de 80 anos apaixonada por casinhas de bonecas.

Na época não existiam acessórios disponíveis para decorar os ambientes... e olhando as peças do nosso próprio antiquário começamos a desenvolver os pequenos acessórios... Aos poucos nós começamos a ganhar de nossos próprios clientes caixas e mais caixas repletas de bijuterias antigas e também acabamos descobrindo os caminhos da Rua 25 de março... e começamos assim a montar os primeiros cinzeiros, as primeiras fruteiras, os primeiros bibelôs, sempre nos baseando no conhecimento que tínhamos de estilos de decoração por causa das antiguidades. Muitas peças feitas naquela época hoje foram peças únicas porque não podemos mais reproduzir aquelas peças e bijuterias antigas que usávamos como base para os acessórios”.

- Como vocês deixaram de trabalhar com antiguidades e começaram a se dedicar somente às miniaturas???

“Aos poucos, começamos a nos dedicar mais às miniaturas e os clientes foram surgindo.... E após a mudança para o endereço atual do atelier acabamos por desistir de participar de feiras pela impraticabilidade de montar e transportar milhares de pecinhas nestas feiras.... Eram 30 ambientes montados e nenhum móvel ou acessório era colado... Então imaginem o trabalho de arrumar tudo isso em uma manhã, todos os finais de semana... Por isso, gradativamente fomos trazendo as pessoas para conhecer o atelier...

Isso foi no início dos anos 90... nesta época eu (Pepp) trabalhava na Eletropaulo como Engenheiro e o Orson era restaurador de móveis de estilo. Nos primeiros meses que começamos a trabalhar com miniaturas fomos convidados para a nossa primeira exposição que foi no saguão da Eletropaulo, em 1991. Na época nós não tínhamos nem idéia do que era uma roombox ou de como montar uma.

As primeiras caixas feitas e que foram peças marcantes para nós foi um escritório com estante embutida (foto 2) e uma sala francesa (foto 3). Estas peças apresentam um monte de defeitos, mas a gente não conta para ninguém... (risos). Em seguida, a própria Eletropaulo patrocinou a exposição de inauguração do Atelier no dia 17 de outubro de 1992 e foi uma festa maravilhosa, cheia de gente e que teve muita repercussão...”

- E qual era a formação e os conhecimentos que vocês tinham que ajudaram nessa trajetória?

“Eu (Orson) comecei a trabalhar com móveis em miniatura usando somente uma serrinha de arco, uma furadeira e lixas de unha. A madeira que eu usava no começo era a balsa mas depois passei a usar madeiras de aeromodelismo... usava anilinas para tingir, em seguida usava seladora e lixa para dar um melhor acabamento e com bombril deixava a peça bem lisinha para no final encerar com graxa de sapato... e aos poucos fui elaborando um processo de montagem.

Essa aptidão para trabalhar com artesanato o Orson tem desde o grupo escolar, onde montava maquetes em caixa de sapato, fazia belos trabalhos manuais durante as férias, casinhas com janelas abrindo e que tinha cortinas feitas com papel de bala."

- Alguma vez pensaram em desistir por algum motivo?

"Se fossemos pensar em retorno financeiro nós já teríamos parado com as miniaturas há muito tempo, mas o reconhecimento e o retorno emotivo é o que faz com que a gente permaneça nesse ramo até hoje. A primeira exposição de sucesso foi em julho 1993, no salão de eventos do Shopping Paulista. Formaram-se filas de pessoas para ver.... Foi um estrondoso sucesso... A cara de cada pessoa que vê uma peça em miniatura não tem preço... Ela sonha, ela se transporta, ela vive por alguns minutos uma outra história... Como deixar de presenciar essa reação da qual nós somos os “culpados”... (risos)"

- Como vocês vêem o crescimento do miniaturismo no Brasil e que conselhos dariam para quem já faz miniaturas ou está começando agora?

"Hoje o miniaturismo está começando a crescer de forma mais intensa, as pessoas já estão tomando conhecimentos mais técnicos... A miniatura deixou de ser “coisa pequena” ou “brinquedo de criança” e passou a ser miniatura com todo um contexto de conhecimentos que devem ser adquiridos como escala, equilíbrio e estilo.

Os cuidados que um miniaturista deve ter é o de “entrar dentro da miniatura...” Deve fazer de conta que existe ficticiamente uma “pessoa em miniatura” e que devem ser respeitados os espaços desta “pessoa” dentro do ambiente... ela deve poder andar, se movimentar, sentar e cruzar as pernas sem esbarrar em milhares de coisas espalhadas pelo chão, entupindo a miniatura...

Outro erro grave que as pessoas podem cometer é o de deixar frutas abertas em locais onde não tem nada a ver uma fruta aberta.... Por exemplo: uma fruteira decorando um centro de mesa com um mamão aberto é ridículo... você deixaria um mamão aberto cheio de moscas voando em cima na sua sala de jantar??? Ou então você colocaria um cesto de pão no chão de sua cozinha só porque é bonitinho??? É preciso pensar na miniatura dentro de um contexto real. Deve-se ficar atento para a realidade da miniatura. Não é porque é bonitinho que se faz miniatura...

Com relação aos personagens que povoam um ambiente, nós nunca usamos bonecos em nossos ambientes, porque cada espectador que vê uma miniatura se transporta para dentro daquela miniatura ou época... ele sonha, ele imagina.... Quando tem um personagem lá dentro, a pessoa que vê não consegue fazer essa viagem ou sonho...

Outra coisa que a gente sempre aconselha aos iniciantes é que evitem aos máximo o uso de tecidos nas em miniatura porque é muito difícil dar caimento em tecido na miniatura. Quando não pode se evitar, deve-se colar o tecido inclusive as pregas.... e se preocupar com a estampa do tecido que tem que estar na escala.... bem miudinho.

Algumas dicas para fazer miniatura usando materiais do dia-a-dia: penas de passarinho para fazer canetas de tinteiro; teclas de máquinas de escrever antigas para fazer rádios; transistores de rádios antigos para fazer perfumes; botões dourados para fazer porta-retratos; tampas de detergente que viram bases de tulipas para lustres..."

- E quais foram os trabalhos mais marcantes?

"Sem dúvida o Shopping Amália Conde (foto) que fizemos o ano passado e que hoje está na Espanha, de propriedade da colecionadora espanhola Amália Conde. Ele pode ser visto no fotolog:
http://peppassis.fotos.uol.com.br/

E também um Bistrô Francês que fizemos para um cliente nosso, o Sr. José Augusto e que retratava um cabaré francês de 1920. Ao longo dos anos já fizemos mais de 300 roomboxes e algumas estão no exterior, na França, EUA, Canadá,Argentina, Espanha, Portugal, Itália... Para ver alguns de nossos trabalhos é só acessar o site: http://www.atelierdeminiaturas.cjb.net/

Bom, nossa entrevista termina aqui e eu, Solange, devo dizer que foi um sonho realizado. Sempre quis fazer uma entrevista com o Pepp e Orson, que além de serem meus ídolos no miniaturismo brasileiro são pessoas incríveis... Nós, pobres mortais, só temos a agradecer a esta dupla “tudo de bom”.


MATERIAIS

Utilizando materiais alternativos:

Alguns materiais que você tem em casa podem ser de grande valia quando pensamos em miniaturas... Olha só o que pode ser transformado:
 
  • Incenso em vareta: corte em pedaços de 1,6 cm e cole uma etiqueta. Pronto, você já tem um belo charuto.
  • Embalagem de filme fotográfico: revista a embalagem com corda fina ou palhinha e você terá um lindo cesto para roupa suja.
  • Espumas de caixas de anéis: depois de revestidas se transformam em excelentes almofadas de sofás.
  • Agendas velhas, bolsas, cinturões e tudo que for feito com couro ou imitação de couro: o couro pode ser utilizado para confecção de miniaturas de malas, cinturões, bolsas e capas de livros.
  • Alfinetes com cabeças coloridas redondas: se transformam em excelentes enfeites de natal. Passe verniz nas bolinhas e as pendure na árvore de natal.
 
O que há no mercado?
 
Existe um material excelente para todo o miniaturista, em função das inúmeras possibilidades de utilização. Estamos falando da cerâmica plástica.

Mas, o que é cerâmica plástica? É um polímero, composto de partículas de cloreto de polivinil (PVC) suspensas em plastificante. Este tipo de cerâmica não endurece apenas em contato com o ar. Para que endureça, necessita sempre de queima em forno comum. Esta cerâmica é encontrada em dezenas de cores diferentes, miscíveis entre si. No Brasil as marcas importadas mais comuns são: Fimo e Sculpey. Hoje em dia encontramos também marcas nacionais, como a TEC, da Tok e Crie.

Comparativo de Preços
 
Loja Fimo TEC Site
Monalisa - 4,89 http://www.ciashop.com.br/monalisa
Pintando e Bordando 6,20 - http://www.pintandoebordando.com.br/
ArteFeita - 5,90 http://www.artefeita.com.br/
Puppet’s - 4,80 http://www.puppestore.com.br/
Cosmos   5,10 http://www.cosmosartesanato.com.br/
Daiara 7,30   http://www.daiaraartes.com.br/
Submarino 10,90   http://www.submarino.com.br/
Casa da Arte 6,80 5,40 http://www.casadaarte.com.br/
 

* Os valores acima citados foram coletados no final de fevereiro e podem ter sofrido alterações.
 

UM POUCO DE HISTÓRIA...
 
A História das Casas de Bonecas
 
Introdução

Encontramos poucas referências nos livros de história sobre a vida das crianças e seus brinquedos, em épocas passadas. Os historiadores nos contam sobre as guerras, estratégias políticas e tratados de paz. Dedicam livros e livros sobre como eram as sociedades antigamente, mas quase nunca vemos menções ao lado lúdico da vida infantil. Uma das poucas chances de conhecermos sobre a infância de antigamente é observar algumas pinturas do século XVII, que retratam cenas de meninas abraçadas a pequenas bonecas rígidas ou crianças brincando com animais. A pintura de época é uma das melhores fontes para termos uma idéia de como era a vida cotidiana naqueles tempos.

 

Alguns arqueólogos descobriram algumas peças avulsas de móveis e porcelanas em miniatura que muito provavelmente fizeram parte de uma casa de bonecas antiga, como miniaturas de utensílios domésticos provenientes do Antigo Egito, da Grécia Clássica e da Antiga Roma. Várias escavações realizadas por arqueólogos em Londres, trouxeram à tona um pequeno barril de vinho do século I d.C., uma miniatura em bronze de uma panela e um vaso de argila pintado em verde e datado provavelmente da segunda metade do século XIV. O que confirmou a originalidade dessas miniaturas foi o fato de que eram reproduções exatas de peças existentes nas respectivas épocas.

Não existem dados sobre a existência de casas de bonecas anteriores à metade do século XVI, mas existem alguns historiadores que desmentem esta tese. Uma das maiores estudiosas do assunto, Flora Gill Jacobs, menciona a descoberta de uma cadeira de balanço em miniatura, além de outras peças, encontradas em Londres, possivelmente fabricadas durante o reinado de Carlos I. Estas recentes descobertas nos levam a crer que talvez possam surgir novas provas que demonstrem que as Casas de Bonecas datem de épocas mais remotas.

A Primeira Casa de Bonecas

Em 1558, o Duque da Baviera, Albrecht V, fez construir para sua filha uma casa de bonecas que até hoje é testemunha da existência, já naquela época, deste tipo de brinquedo. Provavelmente para ele, este presente era mais um entre tantos que oferecia a sua filha, mas na realidade, este ato foi um marco definitivo na história das casas de bonecas. O próprio Duque ficou apaixonado pela casa, tanto que decidiu incluí-la em sua coleção de arte e raramente permitia à filha que brincasse com ela.

Infelizmente esta esplêndida casa em miniatura foi queimada em um incêndio que destruiu o palácio ducal em 1674, restando somente um inventário completo da casa e de todos os objetos decorativos. Ficaram registrados, por exemplo, o nome do marceneiro que construiu a estrutura, os artesãos e decoradores que trabalharam no projeto e que a casa tinha 4 andares. No porão ficavam as cocheiras, a leiteria, a cantina e a despensa. No térreo, ficavam a cozinha e um escritório. E no lado externo, um jardim e uma horta. No primeiro andar, a sala de estar e a sala de baile. No segundo andar ficavam os aposentos e uma capela, fato comum em algumas residências da nobreza daquela época.

Imaginamos que esta casa de bonecas em particular deva ter suscitado admiração entre os frequentadores da família do Duque da Baviera, o que nos leva a supor que um objeto de tanto valor como este, com sua capela e salão de bailes, decorada com pesadas cortinas e tapeçarias, provavelmente não tenha sido a primeira do gênero a ser fabricada. A sua magnificência sugere que, sem sombra de dúvidas, tenha sido uma das mais suntuosas já fabricada e que descendia de outras casas de bonecas menos magníficas, que provavelmente desapareceram com o passar do tempo.

Assim, a história das Casas de Bonecas começa na Alemanha do século XVI e, em seguida, nos Países Baixos no século XVII. As casas de bonecas inglesas surgiram no início de 1700 e na América do Norte, no fim do mesmo século.

Fonte: http://www.miniaturasbrasil.com.br/